PROJETO FOLCLORE
OBJETIVO: Promover o desenvolvimento integral dos alunos
dentro de um ambiente de cunho educativo, pois a cultura de um povo é um bem
precioso que deve ser cultivado. E nosso objetivo é tirar a poeira da palavra
Folclore e trabalhar com as possibilidades que ela oferece.
CONTEÚDOS:
a) Conceituais: Construir conceitos com s alunos sobre o
que é folclore através de experiências vivenciadas com eles;
b) Procedimentais: Permitir que os alunos se apropriem
de conhecimentos da cultura humana;
c)
Atitudinais: Incentivar
a valorização e o respeito pelas diferentes formas de viver de diferentes
grupos e pessoas.
ÁREAS:
a) Formação Pessoal e Social: socialização, respeito,
valorização do outro, autonomia, iniciativa;
b) Linguagem Oral e Escrita: fala, diálogo,
argumentação, parlenda, trava-língua, adivinhações, cantigas, escrita, receita,
leitura, lendas, textos informativos;
c)
Natureza e
Sociedade: história dos brinquedos e brincadeiras, diferentes formas de cantar
e contar histórias;
d) Movimento: dança e brincadeiras;
e) Música: cantigas;
f)
Arte:
dramatização de lendas;
g) Matemática: construção com formas, cores, medidas e
receitas.
RECURSOS: Livros e revistas (fontes de informação), sucata,
papéis coloridos,
cola, tesoura, CDS com histórias e cantigas,
brinquedos, fantasias, máquina fotográfica.
AVALIAÇÃO: A observação das formas de expressão dos alunos, de
seu desenvolvimento nas atividades e satisfação nas próprias produções, será um
instrumento de acompanhamento do trabalho o que auxiliará na avaliação e no
replanejamento da ação educativa.
Você
sabia que...
A
palavra folclore vem do inglês: folk quer dizer povo e lore, saber. Logo
significa “ ciência ou sabedoria do povo”. Tudo aquilo que o povo sabe,
inventa, aprende, ensina. Portanto, está muito mais perto de nossas vidas do
que podemos imaginar.
Parlendas- São palavras ordenas de forma a ritmar, com ou sem rima.
Provérbios-
Ditos que contém ensinamentos.
Exemplos:
Dinheiro compra pão, mas não compra gratidão.
A fome é o melhor tempero.
Pagar e morrer são as últimas coisas a fazer.
Quadrinhos- Estrofes de quatro versos sobre o amor, um desafio
ou saudação.
Piadas- Fatos narrados humoristicamente.
Literatura
de cordel- Livrinhos escritos em
versos, no Nordeste brasileiro e pendurados num barbante (daí a origem do
cordel), sobre assuntos que vão desde mitos sertanejos às situações sociais,
políticas e econômicas atuais. Frases prontas: frases consagradas de poucas
palavras com significado direto e claro.
Frases de
parachoque de caminhão- Frases
humorísticas ou religiosas que caminhoneiros pintam nos parachoques. Exemplo:
Trabalho com minha família para servir a sua.
Travalíngua- É um pequeno texto, ritmado ou não, de pronunciação
difícil. Podemos definir os travalinguas como frases folclóricas criadas pelo
povo com objetivo lúdico (brincadeiras). Apresentam-se como desafio de
pronúncia, ou seja, uma pessoas passa uma frase difícil para um outro indivíduo
falar. Estas frases tornam-se difíceis, pois possuem muitas sílabas parecidas
(exigem movimentos repetidos da língua) e devem ser faladas rapidamente.
Adivinhas-
O que é o que é???
Está no meio do começo, está no começo do meio e está
na ponta do fim?
R: A letra M.
Uma árvore com doze galhos, cada galho com trinta
frutas, cada fruta com vinte quatro sementes?
R: Ano, mês, dia e hora.
Algumas
lendas, mitos e contos folclóricos do Brasil.
Saci Pererê
Inicialmente, o saci era
retratado como um curumim endiabrado, com duas pernas, cor morena, além de
possuir um rabo típico.
Sua principal característica são as travessuras,
entre elas, amarrar o rabo dos cavalos.
Segundo a lenda, o Saci está nos redemoinhos de vento e pode ser capturado jogando uma peneira sobre os redemoinhos.
Segundo a lenda, o Saci está nos redemoinhos de vento e pode ser capturado jogando uma peneira sobre os redemoinhos.
Após a captura, deve-se
retirar o capuz da criatura para garantir sua obediência e prendê-lo em uma
garrafa.
Conta a lenda que esses
seres danados nascem nos brotos de bambu.
A lenda da vitória-régia é muito popular no Brasil, principalmente na região Norte. Diz a lenda que a Lua era um deus que namorava as mais lindas jovens índias e sempre que se escondia, escolhia e levava algumas moças consigo. Em uma aldeia indígena, havia uma linda jovem, a guerreira Naiá, que sonhava com a Lua e mal podia esperar o dia em que o deus iria chamá-la.
Os índios mais experientes
alertavam Naiá dizendo que quando a Lua levava uma moça, essa jovem deixava a
forma humana e virava uma estrela no céu. No entanto a jovem não se importava,
já que era
apaixonada pela Lua. Essa paixão virou obsessão em um momento onde Naiá não
mais queria comer nem beber nada, só admirar a Lua.
Numa noite em que o luar
estava muito bonito, a moça chegou à beira de um lago, viu a lua refletida no
meio das águas e acreditou que o deus havia descido do céu para se banhar ali.
Assim, a moça se atirou no lago em direção à imagem da Lua. Quando percebeu que
aquilo fora uma ilusão, tentou voltar, porém não conseguiu e morreu afogada.
Comovido pela situação, o
deus Lua resolveu transformar a jovem em uma estrela diferente de todas as
outras: uma estrela das águas – Vitória-régia. Por esse motivo, as flores
perfumadas e brancas dessa planta só abrem no período da noite.
Negrinho do Pastoreio:
Conta a lenda que havia um menino negro que
trabalhava para um senhor muito rico e malvado que não gostava de negros e nem
de peões.
O menino era maltratado pelo patrão toda vez que fazia algo de errado, uma das vezes, foi por ter perdido um de seus cavalos. O patrão malvado acabou amarrando o menino em cima de um formigueiro, o mesmo ficou todo machucado. No outro dia o patrão foi vê-lo e para sua surpresa o menino estava com a pelo liso, sem nenhuma marca. Ao seu lado estava Nossa Senhora, e vários cavalos. O patrão arrependido do que havia feito pediu perdão, mas, o Negrinho do Pastoreio, nada respondeu, beijou a mão da Santa, subiu em um dos cavalos e partiu levando os demais baios.
O menino era maltratado pelo patrão toda vez que fazia algo de errado, uma das vezes, foi por ter perdido um de seus cavalos. O patrão malvado acabou amarrando o menino em cima de um formigueiro, o mesmo ficou todo machucado. No outro dia o patrão foi vê-lo e para sua surpresa o menino estava com a pelo liso, sem nenhuma marca. Ao seu lado estava Nossa Senhora, e vários cavalos. O patrão arrependido do que havia feito pediu perdão, mas, o Negrinho do Pastoreio, nada respondeu, beijou a mão da Santa, subiu em um dos cavalos e partiu levando os demais baios.
Mula sem cabeça:
A Mula sem Cabeça é uma das principais lendas do folclore brasileiro. A lenda diz que toda mulher que tivesse pensamentos ou relações amorosas com um padre se tornaria uma mula-sem-cabeça. Esse monstro possuía a forma de uma mula marrom ou preta, sem a cabeça, soltando fogo na região de onde seria esse membro. Além disso, a mula-sem-cabeça tinha cascos de aço ou prata e um relincho que poderia ser ouvido a muitos metros de distância.
Curupira
Protetor da floresta e dos animais, o Curupira é um menino muito esperto que
tem os cabelos vermelhos e os pés voltados para trás, ele tem os pés dessa
forma para enganar os caçadores e todos aqueles que querem destruir o seu lar.Um dos truques do Curupira é jogar um encanto nos caçadores para que esses se percam na floresta.
Boitatá
Quase sempre ele aparece
sob a forma de uma cobra muito grande, com dois olhos enormes, que parecem
faróis. Às vezes, surge também com a aparência de um boi gigantesco, brilhante.
Boto Rosa:
Ao cair da noite na
Amazônia, o boto cor-de-rosa deixa os rios e transforma-se em um lindo e
sedutor rapaz, que sai em busca de uma garota para namorar. Além de galante e
sedutor, o boto dança como ninguém e enfeitiça as meninas indefesas. De
madrugada, o namorador volta para o rio, onde se transforma de novo em boto.
Essa é uma lenda contada na floresta amazônica para
explicar por que tantas meninas têm filhos sem pai: são todos filhos do boto.
Boi Bumbá:
Conta-se a lenda que grávida, Mãe Catirina desejava comer a língua do boi mais bonito da fazenda onde vivia, o que leva seu marido, o peão Pai Francisco, a matar o animal de estimação de seu patrão. O homem é descoberto e preso. Para salvar o boi, o amo manda chamar um médico e um padre, que acabam conseguindo ressuscitar o animal. Pai Francisco é perdoado e todos iniciam uma grande festa.
Conta-se a lenda que grávida, Mãe Catirina desejava comer a língua do boi mais bonito da fazenda onde vivia, o que leva seu marido, o peão Pai Francisco, a matar o animal de estimação de seu patrão. O homem é descoberto e preso. Para salvar o boi, o amo manda chamar um médico e um padre, que acabam conseguindo ressuscitar o animal. Pai Francisco é perdoado e todos iniciam uma grande festa.
Lobisomem:
Aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transformar-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.
Mãe-D'água:
Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d'água : a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.
Corpo-seco:
É uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada.
Pisadeira:
É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.
Mãe-de-ouro:
Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.
Além dos contos, danças, festas e lendas, o folclore
brasileiro é marcado pelas tradicionais brincadeiras. As brincadeiras
folclóricas são aquelas que passam de geração para geração. Muitas delas existem
há décadas ou até séculos. Costumam sofrer modificações de acordo com a região
e a época, porém, a essência das brincadeiras continua a mesma da origem.
Grande parte das brincadeiras folclóricas envolve
disputas individuais ou em grupos. Possibilitam também a integração e o
desenvolvimento social e motor das crianças.
A preservação destas brincadeiras é muito importante para a manutenção da cultura folclórica. Por isso, são muito praticadas, principalmente, durante o mês de agosto que é destinado ao folclore.
A preservação destas brincadeiras é muito importante para a manutenção da cultura folclórica. Por isso, são muito praticadas, principalmente, durante o mês de agosto que é destinado ao folclore.
Jogos, brincadeiras e brinquedos do folclore:
- Soltar pipa: as pipas, também conhecidas como papagaios, são feitas de varetas de madeira e papel. Coloridas, são empinadas (soltadas) pelos meninos em dias de vento. Com uma linha, os garotos conseguem direcionar e fazer malabarismos no céu.
- Estilingue: também conhecidos como bodoques,
são feitos de galhos de madeira e borracha. Os meninos usam pedras para acertar
alvos (latas, garrafas e outros objetos).
- Pega-pega: esta brincadeira envolve muita
atividade física. Uma criança deve correr e tocar outra. A criança tocada
passa ter que fazer o mesmo.
- Esconde-esconde: o objetivo é se esconder e
não ser encontrado pela criança que está procurando. A criança que deverá
procurar deve ficar de olhos tapados e contar até certo número enquanto as
outras se escondem. Para ganhar, a criança que está procurando deve encontrar
todos os escondidos e correr para a base.
- Bola de gude: coloridas e feitas de vidro,
são jogadas no chão de terra pelos meninos. O objetivo é bater na bolinha do
adversário para ganhar pontos ou a própria bola do colega.
- Boneca de pano: feitas pelas mães e avós,
são usadas em brincadeiras pelas meninas para simular crianças integrantes de
uma família imaginária.
- Pião: a brincadeira de pião ainda faz muito
sucesso, principalmente, nas regiões do interior do Brasil. Feitos de madeira,
os piões são rodados no chão através de um barbante que é enrolado e puxado com
força. Muitas crianças pintam seus piões. Para deixar mais emocionante a
brincadeira, muitos meninos fazem malabarismo com os piões enquanto eles rodam.
O mais conhecido é pegar o pião com a palma da mão enquanto ele está rodando.
Principais danças folclóricas do Brasil:
Samba
de Roda:
Estilo musical caracterizado por elementos da cultura afro-brasileira. Surgiu no estado da Bahia, no século XIX. É uma variante mais tradicional do samba. Os dançarinos dançam numa roda ao som de músicas acompanhadas por palmas e cantos. Chocalho, pandeiro, viola, atabaque e berimbau são os instrumentos musicais mais utilizados.
Maracatu
O maracatu é um ritmo musical com dança típico da região pernambucana. Reúne uma interessante mistura de elementos culturais afro-brasileiros, indígenas e europeus. Possui uma forte característica religiosa. Os dançarinos representam personagens históricos (duques, duquesas, embaixadores, rei e rainha). O cortejo é acompanhado por uma banda com instrumentos de percussão (tambores, caixas, taróis e ganzás).
Frevo
Este estilo pernambucano de carnaval é uma espécie de marchinha muito acelerada, que, ao contrário de outras músicas de carnaval, não possui letra, sendo simplesmente tocada por uma banda que segue os blocos carnavalescos enquanto os dançarinos se divertem dançando. Os dançarinos de frevo usam, geralmente, um pequeno guarda-chuva colorido como elemento coreográfico.
Baião
Ritmo musical, com dança, típico da região nordeste do Brasil. Os instrumentos usados nas músicas de baião são: triângulo, viola, acordeom e flauta doce. A dança ocorre em pares (homem e mulher) com movimentos parecidos com o do forró (dança com corpos colados). O grande representante do baião foi Luiz Gonzaga.
Catira
Também conhecida como cateretê, é uma dança caracterizada pelos passos, batidas de pés e palmas dos dançarinos. Ligada à cultura caipira, é típica da região interior dos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás e Mato Grosso. Os instrumento utilizado é a viola, tocada, geralmente, por um par de músicos.
Quadrilha
É uma dança típica da época de festa junina. Há um animador que vai anunciando frases e marcando os momentos da dança. Os dançarinos (casais), vestidos com roupas típicas da cultura caipira (camisas e vestidos xadrezes, chapéu de palha) vão fazendo uma coreografia especial. A dança é bem animada com muitos movimentos e coreografias. As músicas de festa junina mais conhecidas são: Capelinha de Melão, Pula Fogueira e Cai,Cai balão.
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